sexta-feira, 25 de maio de 2012

Os dias escuros

Carlos Drummond de Andrade

Amanheceu um dia sem luz – mais um – e há um grande silêncio na rua. Chego à janela e não vejo as figuras
habituais dos primeiros trabalhadores. A cidade, ensopada de chuva, parece que desistiu de viver. Só a chuva
mantém constante seu movimento entre monótono e nervoso. É hora de escrever...


...mais intenso que os pingos da chuva(intensos), 
os dígitos na tela  (pensamentos) que nos lembra,
que o trabalho nos chama, contínuo,
aguardando, quem nos mantém 
sob estas águas, da chuva...vocês, alunos.